Por meio de uma indicação, a vereadora Raquel Bryk solicitou ontem, segunda-feira, 19, durante sessão ordinária da Câmara, que as investigações da “Operação Cascalhos de Areia” deflagrada em Campo Grande, sejam estendidas ao Município de Corumbá, tendo em vista o fato de a empreiteira ter contrato para realização de serviços na região pantaneira.
O pedido de Raquel foi direcionado ao GECOC (Grupo Especial de Combate a Corrupção) e ao GAECO (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado), bem como aos promotores Adriano Lobo e Humberto Lapa Ferri, respectivamente da 29ª e 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Campo Grande, e ainda a Alexandre Magno Benites de Lacerda, bem como ao promotor Luciano Conte, da 5ª Promotoria de Justiça de Corumbá, e ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
“A ‘Operação Cascalhos de Areia’ foi deflagrada em Campo Grande, conforme amplamente noticiada pela imprensa de todo estado. Se faz necessário estender as investigações ao Poder Executivo Municipal de Corumbá, uma vez que o próprio denunciante afirmou que o mesmo modo de operar ocorre em Corumbá e, pior ainda, que o produto da corrupção resultou em aquisição de uma fazenda no município de Corguinho”, ressaltou a vereadora.
Destacou ainda ser muito grave o fato de que um dos sócios da empresa preso na operação por porte ilegal de arma, ter se declarado ‘vendedor de queijos’ em Terenos, e que possui uma renda mensal de R$ 2.500,00. “Óbvio pensar que esse senhor se trata de um laranja. Mais assustador saber que a empresa de um laranja contratou com órgãos do poder executivo municipal desde o ano de 2.012 até 2019. Necessário ainda uma investigação a todos contratos ligados ao senhor André Luiz dos Santos e sua ramificação com outras possíveis empresas de fachada utilizadas para lesar o erário municipal”, reforçou.
“Não podemos nos calar diante de tão graves denúncias que assolaram os meios policiais e judiciais nos últimos dias, amplamente divulgados pela imprensa e que envolvem de suspeitas a administração municipal de Corumbá. A nós, meros detentores de poder de fiscalização outorgados pelo povo corumbaense, nos cabe fiscalizar e indicar medidas que possam elucidar fatos e suspeitas de corrupção com o dinheiro público. Não podemos passar por meros expectadores de assalto aos cofres públicos, eu não passarei! Não existem culpados até que as investigações se concretizem, porém não podemos furtar de fazê-las quando há fumaça, e hoje existe um fumaceiro danado”, concluiu.