A Energisa-MS já demitiu quatro funcionários do setor comercial de Corumbá e o atendimento presencial ao público está sendo terceirizado. Foi o que informou o vereador Chicão Vianna que tomou conhecimento dessa situação na tarde de ontem, quarta-feira, 05, durante uma reunião on-line com a diretoria do Sinergia-MS.
“É uma situação grave que estamos levando aos demais vereadores de Corumbá, no sentido de unirmos esforços, visando fazer com que as autoridades competentes cobrem uma posição da Energisa, não descartando a realização de uma manifestação pública contra a decisão da empresa responsável pelo sistema de energia elétrica na cidade”, comentou.
Na reunião, a direção do Sinergia-MS informou que a empresa, mesmo em plena pandemia e com o aumento crescente dos casos de coronavírus no Mato Grosso do Sul, promoveu mais demissões, desta vez em Corumbá, e que desde o início da crise na saúde mundial, a concessionária de energia elétrica promoveu o desligamento de pelo menos dez trabalhadores no Estado, sendo dois diagnosticados com coronavírus.
Só em Corumbá, a Energisa demitiu quatro funcionários da unidade comercial que, segundo o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas, essas demissões revelam um outro grave problema que prejudica não apenas os trabalhadores, mas também a população: a terceirização do atendimento ao público.
Informou ainda a Chicão que Corumbá é o terceiro município com o atendimento comercial terceirizado, se juntando a Jardim e Nova Andradina. Além disso, uma das atendentes demitidas de Corumbá, estava com coronavírus e retornou ao trabalho home-office ainda sentindo os sintomas. A mesma situação ocorreu com um funcionário da empresa em Campo Grande.
“É uma situação que nos deixa bastante preocupado. Diretores do sindicato estão vindo a Corumbá e uma manifestação deve ocorrer nesta sexta-feira, ou mesmo na segunda. Vou levar o assunto para o plenário da Câmara e lutar por uma solução, se necessário, até promover um manifesto público contra tudo que está ocorrendo: demissões e a terceirização do serviço comercial de atendimento ao público”, enfatizou.
Chicão reforça a importância de se manter o serviço com funcionários da própria empresa, lembrado que há três anos, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos – Conciliação (Nupemec), realizou um Mutirão Conciliatório relativos à prestação de serviços de energia elétrica da Energisa.
“Foram 200 audiências com 70 acordos. Isso só foi possível graças às presenças dos funcionários local da empresa, o que mostra a importância de manter estas pessoas em seus empregos, evitando a terceirização de serviços”, concluiu.