Projeto de Lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de campanhas de exibição de vídeos educativos antidrogas nas escolas públicas e privadas do Município, foi apresentado esta semana pelo vereador Marcelo Araújo, durante sessão da Câmara.
A proposta pode ser uma ferramenta importante para fins de acesso à informação, sensibilização, prevenção e combate ao uso de substâncias alucinógenas ou entorpecentes, em estabelecimentos de ensino do Município.
”Atividades lúdicas que exploram os sentidos das crianças e adolescentes tendem a atraí-los mais do que formas didáticas tradicionais, composta por aulas expositivas. Por esse motivo vídeos em sala de aula vêm sendo incluídos nos projetos pedagógicos durante o ano letivo, e é isso que estamos pretendendo para Corumbá”, explicou Marcelo.
Ele citou que os vídeos deverão informar sobre a existência de telefone específico para denúncia sobre tráfico de drogas, bem como conter a informação de que a respectiva ligação não será identificada.
A projeção dos vídeos educativos deverá ser apresentada para todos os alunos do ensino fundamental a partir do 5º ano, e a criação será de responsabilidade das escolas em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria de Segurança Urbana.
As informações a serem difundidas nos vídeos educativos deverão abordar temas como as consequências do uso de drogas ilícitas; uso indevido de medicamentos; drogas e sua relação próxima com a violência, prostituição e acidentes; dependentes de drogas e suas chances de recuperação; participação da família e da comunidade, e alerta quanto aos perigos do contato com as drogas.
O vereador, em sua justificativa, lembrou que as atividades incluídas no dia a dia escolar devem ser pensadas minuciosamente, pois não devem ser aplicadas aleatoriamente, sem que haja de fato algum propósito educativo. É de ciência das escolas tal pré-requisito, pois as instituições de ensino possuem relevante papel no processo de desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos.
“A linguagem dos vídeos deve ser adequada a cada grupo. Animações costumam despertar mais atenção dos que são mais novos, enquanto documentários e filmes são mais apropriados para adolescentes e jovens. O resultado que se quer alcançar pode até ser semelhante, mas a abordagem deve ser adaptada”, prosseguiu.
“As discussões construtivas devem ser estimuladas pelo professor, discorrendo o fato de ser preciso, ainda, que os alunos se sintam parte do processo, pois de nada vale ter bons conteúdos e formas dinâmicas de apresentá-los, se não houver a interação com o grupo. É preciso que o professor seja o mediador da atividade, como motivador de discussões construtivas”, completou.