A criação de um programa de conscientização e prevenção aos riscos dos jogos de apostas online nas escolas de Corumbá é o que prevê Projeto de Lei apresentado esta semana na Câmara, pelo vereador Marcelo Araújo, com o objetivo de informar, conscientizar e orientar estudantes sobre os impactos negativos dessas práticas.
A proposta do vereador visa promover educação e conscientização sobre os riscos do envolvimento precoce com jogos de apostas, incluindo impactos psicológicos, financeiros e sociais; desenvolver e distribuir materiais educativos sobre jogos de azar, vícios comportamentais e segurança digital; realização de palestras e atividades interativas com profissionais das áreas de psicologia, pedagogia e segurança digital.
Visa ainda estabelecer parcerias com universidades, organizações e entidades que desenvolvam estudos sobre jogos de apostas e seus efeitos na juventude; capacitar educadores para a identificação de comportamentos de risco relacionados ao jogo compulsivo; além de disponibilizar canal de apoio psicológico para estudantes que apresentem sinais de vício ou dificuldades relacionadas às apostas.
O Projeto de Lei prevê que as escolas deverão incorporar conteúdos relacionados ao programa nas atividades pedagógicas, de forma transversal, visando a construção de um ambiente de aprendizado seguro, crítico e responsável, e que o Poder Executivo poderá firmar convênios e parcerias com entidades públicas e privadas, instituições de ensino e organizações especializadas, para viabilizar a implementação e a execução do programa.
PREOCUPAÇÃO CRSCENTE
Marcelo informou que o Projeto de lei foi pensado com base na crescente preocupação com o impacto dos jogos de apostas online, como os bets, na vida de crianças e adolescentes. “A ampla disseminação dessas plataformas digitais, muitas vezes acessadas sem qualquer tipo de controle ou orientação, tem gerado sérias consequências educacionais, emocionais e sociais entre os jovens”, observou.
Acrescentou que estudos indicam que a exposição precoce a jogos de azar pode levar ao vício, causando consequências psicológicas e financeiras. “A falta de regulação e orientação deixa os jovens em situação de vulnerabilidade, facilitando o acesso a práticas que colocam em risco sua saúde mental e seu desenvolvimento social”, continuou.
“Nossa proposta busca equipar os alunos com conhecimento sobre os riscos do jogo compulsivo, promovendo o senso crítico, a responsabilidade e a reflexão sobre o uso consciente das plataformas digitais. A prevenção, nesse contexto, é a ferramenta mais eficaz para evitar que o problema se instale de forma silenciosa”, acrescentou.