A implantação do Projeto Florestinha que somente neste primeiro semestre atendeu 18,3 mil alunos em 79 escolas de 11 municípios, foi sugerida pelo vereador e primeiro secretário da Câmara Municipal, Rufo Vinagre (PR), à Prefeitura de Corumbá, como forma de reforçar as ações voltadas à preservação ambiental na maior cidade pantaneira.
A sugestão foi durante sessão na Câmara de Vereadores, após Rufo ter conhecido o projeto desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul, e que atende crianças da rede de ensino. A intenção é que o projeto tenha uma ‘base’ em Corumbá, a exemplo do que ocorre em Campo Grande.
“O projeto atende crianças e adolescentes de 07 a 16 anos. A ideia é tirá-los das ruas, dando-lhes a chance de ter uma profissão e ensinando-lhes a serem cidadãos com sensibilidade ambiental”, explicou.
Balanço
Somente no primeiro semestre do ano, o Florestinha atendeu 18.309 alunos de 79 escolas públicas e privadas em 12 municípios do Estado, com trabalhos de educação ambiental. Além da parte social, a educação ambiental tem sido prioritária nos trabalhos desenvolvidos pelo projeto. Em 2015, foram atendidos 11.862 alunos da Capital e Interior, e em 2016, 21.705.
Neste ano, os grupos do Projeto Florestinha, formados por crianças e adolescentes, atenderam escolas dos municípios de Campo Grande, Rio Brilhante, Três Lagoas, Ladário, Corumbá, Iguatemi Rochedo, Água Clara, Camapuã, Terenos e Ribas do Rio Pardo.
Atualmente são nove equipes de Florestinhas. A unidade do Parque Cônsul Assaf Trad é também um Centro de Educação Ambiental (Cra/Florestinha) de recepção de estudantes, em parceria com a secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) da Capital.
Os trabalhos são realizados em forma de oficinas temáticas, pelas crianças e adolescentes do Projeto Florestinha, supervisionados por um policial militar ambiental.
Atividades
As oficinas temáticas são: reciclagem de papel, com palestra sobre os problemas relacionados aos resíduos sólidos; visitação ao museu de animais e peixes empalhados, com palestra sobre fauna, pesca, atropelamentos de animais silvestres, tráficos, etc; apresentação do teatro de fantoches, com peças sobre as questões ambientais, como: águas, desmatamentos, incêndios florestais e resíduos sólidos etc; montagem artificial do Ciclo da Água, com palestras relacionadas a temática das águas no planeta; Casa da Energia - com palestra sobre economia energia, matriz energética e fontes renováveis, etc; plantio de mudas nativas, com palestra sobre desmatamento, erosões e importância da flora, etc; palestra g – palestra executada por um Florestinha para a sensibilização dos estudantes sobre os vários temas ambientais, de forma que os alunos entendam que o ambiente é um complexo e que afetar o seu equilíbrio gera problema de qualidade de vida, tendo em vista que tudo que usamos, comemos, bebemos, respiramos vem do ambiente.
Além das oficinas e palestras são realizadas discussões de vários temas ambientais entre os alunos e as crianças do Projeto Florestinha, supervisionadas pelos policiais militares ambientais.
Na fronteira
Ao final das discussões sobre cada tema, são entregues aos professores, folhetos patrocinados pela empresa MSGás, parceira no projeto de educação ambiental. Ou seja, o Projeto Florestinha leva a educação ambiental não formal de forma lúdica e convoca os professores para que continuem no ensino formal os trabalhos voltados às questões ambientais, no sentido de se conseguir a transversalidade do tema ambiente.
Os trabalhos continuarão no segundo semestre. Já estão agendadas mensalmente em escolas de Corumbá, Ladário e Três Lagoas. Também haverá atendimento do Projeto Educação Ambiental Fronteira, o qual visa a atender sete municípios da região de fronteira. São eles: Iguatemi que já foi atendido no final do mês passado, e serão atendidos Mundo Novo, Eldorado, Tacuru, Japorã, Paranhos e Itaquiraí.
Guarda Florestal Municipal
Além da implantação do Florestinha em Corumbá, o vereador sugeriu também a criação da “Guarda Florestal Municipal”, onde a ideia é aproveitar integradas da Guarda Municipal e capacitá-los para que possam realizar um trabalho ambiental no município.
“Queremos capacitá-los para que eles possam realizar alguns trabalhos de fiscalização e de conscientização pela cidade, ou até mesmo para que possam coibir algumas ações como depredação e destruição. Trabalhos simples, mas de grande importância onde a Polícia Ambiental, devido às outras atribuições maiores, não consegue atender essas menores”, concluiu Rufo.